Quando a criatividade vai embora
É torturante não conseguir
escrever algo quando se quer. Deve ser esse o sentimento dos escritores quando
não conseguem desenvolver um trabalho. Mesmo que algumas palavras vão para o
papel, não são adequadas à obra e são direcionadas ao cesto de lixo. A partir
de então, começam aparecer os estágios do sofrimento: frustração, desespero e
desistência.
A frustração é a primeira a
aparecer, pois é o resultado imediato da falta de inspiração. No momento em que
o escritor percebe que o trabalho ficará estagnado e que não há nada que possa
ajudar imediatamente, o tempo parece passar mais rápido e a sensação de tempo
perdido começa ser sufocante. Não há consolo. E assim nasce o próximo estágio:
desespero.
O desespero leva o autor a
um círculo vicioso o qual funciona do seguinte modo: durante o ataque de
desespero, o autor concentra-se na sua falta de criatividade e não permite que
novos pensamentos cheguem, entregando-se a derrota e acreditando que não é mais
possível escrever no prazo determinado ou escolhido.
A desistência parece ser a
saída, uma vez que não se conseguiu o pretendido. Quem está produzindo se rende
por chegar à conclusão de que naquele momento não irá progredir mais. Talvez
este seja o melhor remédio. Relaxar, fazer algo diferente, se distanciar até
dos próprios pensamentos e deixar a criatividade voltar quando for da vontade
dela. E ainda, quem sabe, escrever sobre as dificuldades de criar.
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