Meu dia

Como todo dia, preso em minha cabeça, conspiro no que poderia ser ou como poderá ser. As idéias vem e vão e continuo no mesmo lugar. Leio, escuto e observo e os dias são todos iguais. Repito a mesma pergunta: O que devo fazer para mudar? Apesar de saber a resposta, volto para minha rotina angustiante e monótona de cada dia.

A vida dos outros é melhor que a minha. Esqueço as belezas, as alegrias e as satisfações de viver para mim e me acorrento ao que mundo chama de felicidade. Perco-me nos meus desejos que foram me implantados e não oriundos de minha vontade. Sinto-me solitário ainda que companhia não me falte. O vazio que sinto não de amigos, companheiros é de mim.

Estou apagado e sem brilho. Sem força, sem vontade de mostrar-me, sem vontade de dizer quem sou e seguir na mesmice de copiar o que me foi imposto nas linhas de bitola padronizada pelos bem sucedidos. Estou eu aqui, repetindo e sei que repetirei amanhã porque sei que atitude nenhuma tomarei para alcançar a diferença, alcançar a felicidade que mereceria se eu a buscasse.