Rótulos
A quem se destina a
violência? Ao branco? Ao pobre? Ao rico? Ao negro? Ao índio? Ao estrangeiro? Ao
estranho? Ao conhecido? Ao diferente? Todas as anteriores? Minha resposta seria
ao ser humano. Violência é violência e sempre resultará em um mal. Antes que
diga que quem mais sofre alguma classe, eu digo que o maior sofredor é o
humano.
Existem vários ativistas
lutando por direitos humanos, por classes minoritárias, porém, esquecem quem
sofre não é uma classe, mas toda a coletividade. Se alguém é assaltado na rua,
o problema não é por condições sociais da região, é porque existe um problema
de segurança a ser sanado. Se alguém é morto voltando para casa do trabalho,
não morreu por ser trabalhadora e sim porque infelizmente o bicho homem não tem
senso de coletividade. Separa-se em classes, grupos e raças para justificar
atos contra seus próprios irmãos.
Antes que acredite que este
seja um texto de mimimi, é importante lembrar que, independentemente de quem seja
alvo da violência (homem, mulher, homo, negro, branco, pobre, rico, etc) sempre
quem paga é um indivíduo, um ser humano que poderia ser sua mãe, sua irmã, seu
pai, seu tio, seu irmão. Ou seja, uma pessoa. Onde quero chegar é, já temos
problemas suficientes em ter que lidar com a questão da violência, de ver
pessoas sendo queimadas, amarradas, estupradas, mortas e ainda procuramos mais
sarnas para coçar ao dizer que só acontece por que fulano é pobre, preto,
favelado, mulher, homossexual, rico, classe média, branco.
Deveríamos esquecer de
atribuir rótulos às vítimas e começar fazer esforços para que não aconteça
mais. Reclama-se que não existe igualdade perante à lei, mas já não existe
igualdade em lugar nenhum porque estamos ocupados demais em separar a
humanidade em grupinhos.
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