O Erro do outro não justifica o meu


O Erro do outro não justifica o meu


Uma coisa muito comum para que não é filho único é a situação de tentar esquivar de um castigo dos pais apontando o erro do irmão ou irmã. Aquele fatídico momento em que a criança é pega em flagrante de uma traquinagem e sua primeira defesa é: “Mas, <<ponha aqui irmão/irmã>> também fez”. Nessa história, tem dois finais possíveis: Ou a criança se ferra sozinha ou leva o irmão junto.
O que é interessante disso é que se aplica a várias situações em que uma pessoa numa situação de defesa tem esse argumento como principal apoio para se defender. Aí, o problema não é mais a falta, mas quem cometeu primeiro. Apesar de que seja comum, não faz sentido, porque um erro, uma falta, um crime ou qualquer coisa relacionada não se altera porque um indivíduo fez primeiro.
Uma atitude errada e bem rotineira é jogar lixo nas ruas. É errado, dependendo do lugar pode dar multa e até prisão. Contudo, não é raro ouvir: “Todo mundo faz, não tem problema”. Só no exemplo citado, há muitos problemas. Lixo nas ruas, entupimento das vias de esgoto ou de águas pluviais, depredação de patrimônio e mais coisas que não consigo lembrar agora.
Coisas que afetam a vida de muitas pessoas de forma negativamente. Coisas do tipo que não deveriam ocorrer, e se ocorrem, devem ser interrompidas imediatamente. Pode ser questionado porque a fiscalização não pega todo mundo. Pelo mesmo motivo que a polícia não pode prender todos os bandidos porque ela não está presente em todas as ocasiões, nem por isso, o roubo deixou de ser crime porque nem todos os ladrões foram presos.
Com esse raciocínio, as pessoas chegam ao ponto de preferir procurar quem errou primeiro do que acabar com o erro (essa peguei do Maurício Ricardo). Evidentemente, o correto seria não fazer nada que for considerado socialmente e legalmente errado, porém, da mesma forma que se exige que outros paguem pelos crimes que cometem, seria razoável pensar que nenhum indivíduo pode estar acima da lei apenas porque foi “pego” e o outro não.

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