Paternidade não é dom
Começar com uma pergunta: Você
confiaria seu filho a alguém que nunca lidou com criança e nem ela sabe se
gosta de criança? Provavelmente sua resposta é não, porém, na maioria das
vezes, na prática, é isso que as pessoas fazem.
Quando alguém fala que só se
aprender ser pai sendo, incrivelmente, é uma expressão que está certa e errada
ao mesmo tempo. A verdade é que não há fórmula para a paternidade, ainda que
existam bons exemplos, não quer dizer que esses exemplos podem ser aplicados a
todos os casos. Há muitos pais que confiam na forma em que eles foram criados,
mas esquecem de que é outra época, outro momento, outras pessoas.
O indivíduo aprender a ser pai
justamente no trajeto da paternidade, arriscando, se esforçando, ainda que isso
não seja uma garantia de êxito na vida patriarca. Ele tem de estar disposta a
se remodelar todos os dias, não tem como se programar.
Ser pai necessita de preparo. Não
basta apenas querer e arrumar um filho. Ainda que não seja possível prever
todos os tipos de situações de uma vida familiar, o indivíduo tem que refletir
na sua capacidade e limitações. No início, ao perguntar sobre confiar um filho
a alguém que nunca lidou com criança, é justamente isso: como se comportaria
diante de determinada atitude de um filho?
Uma coisa que acredito é que
homem acha que deve ser pai. Ele talvez nem quer (uma coisa que reforça minha
ideia é a quantidade de certidões de nascimento sem o nome do pai) mas por uma
convenção social, ele pensa deve procriar. Contudo, será que ele está
preparado? Ele deve mesmo ter um filho? É necessário para humanidade ter um
filho? Uma vida é algo muito complexo para arriscar com tamanha leviandade.
Porque as atitudes de um pai refletem durante toda a vida do filho.
Não mencionei sobre maternidade
porque não sou mulher. Ainda que tenha minhas ideias sobre a maternidade, por
razões óbvias, é melhor que eu não opine.
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