Poder Relativo
Antes da popularização da
internet, quando o povo lia revistas em papel não em Tablet, eu li um artigo bem legal sobre poder relativo. Lá havia
uma frase que foi justificada logo em seguida que é: “Poder corrompe, o poder
relativo corrompe mais”, ou algo assim. Primeiro, deixo bem claro que essa
ideia de Poder Relativo não é minha, mas que fez bastante sentido para mim e
vou tentar expor a minha experiência que andei observando após obter essa
revelação. Como li há muitos anos (mais de dez, com certeza), algumas coisas
podem ficar diferentes, ainda mais porque elas foram absorvidas pela minha
experiência de vida e visão de mundo.
Como todo mundo sabe, ninguém
pode acreditar que está acima de alguém em alguma coisa que já que meter o
famoso loko. O texto falava justamente disso, de como a
oportunidade de poder ou dominância influencia as pessoas e suas atitudes,
contudo, isso era mais extremo em situações relativas. Ao que me lembro, ele
usou o exemplo de um segurança de um prédio empresarial que poderia dificultar
a entrada de uma pessoa porque, por algum motivo, ali seria a oportunidade de o
famoso “jogo virou”, em que ele poderia se sentir superior àquela pessoa e que
agora é seu poder que valia. Não me recordo de outros detalhes sobre esse
exemplo, se foi algo relacionado à vida pessoal do autor, mas foi útil para eu
compreender o conceito.
O que passei a observar depois,
entretanto, foi mais marcante. Comecei a reparar que as pessoas realmente se
aproveitavam seu “momento de soberania” para descontar suas frustrações nas
outras, muitas vezes de forma bem violenta. Você já deve ter passado pela
experiência de um caixa de supermercado, por algum motivo, não ter algum tipo
de afinidade com você e atrasou suas compras, ou ter derrubado o sistema para
te ver passando raiva. Ou você mesmo deixou uma pessoa esperando porque ela te
fez algo que não a agradasse e deixou a solicitação dela por último na
esperança de que ela aprendesse a não mexer com você.
São cenas comuns que as pessoas
fazem ser perceber. Outro exemplo triste é o doméstico. Lares em que os chefes
de família são bastante autocráticos podem ser reflexo de uma vida medíocre
fora da casa onde ele estaria em uma situação de subordinação intensa. E por que
não os chefes autoritários? Ás vezes pode ser o inverso também, o indivíduo tem
uma vida fora do trabalho em que se sente um nada, mas como tem um cargo de
supervisão quer transformar o ambiente de trabalho no inferno. Sobre esses
casos, já presenciei violência física, moral e tudo mais.
O que fazer para mudar? Não sei.
Hoje, ainda que consiga entender o que leva esse tipo de coisa, não consigo
imaginar em uma solução. Eu arriscaria em tentar mais empatia, mas é difícil
quando não se tem empatia com você. Não quero justificar nenhum caso de
agressão, mesmo porque eu já fui vítima desses exemplos que citei acima, o que
gostaria mesmo é que o ciclo fosse quebrado para que ninguém sofresse do
totalitarismo da relatividade.
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